Nós

GISELA NOGUEIRA – viola de arame, violão. Lattes.

Gisela estudou violão clássico com o mestre Isaías Sávio em São Paulo. É doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP, com a tese A Viola com Anima: uma construção simbólica. Realizou especialização e posterior titulação de Master of Music in Performance pelo Royal Northern College of Music em convênio com The Victoria University of Manchester. Atua no ensino da música no Brasil como professora do Departamento de Música do Instituto de Artes da UNESP. Apresentou-se como violonista e intérprete de instrumentos da família das guitarras em tournées pela Inglaterra, outros países europeus e pelo Brasil. Especializou-se na técnica da Viola de Arame,
a convite de Anna Maria Kieffer, para participar da documentação fonográfica da música brasileira dos séculos XVIII e XIX. Gisela gravou diversos trabalhos junto aos artistas: Luiza Sawaya, Anna Maria Kieffer, Edelton Gloeden, Gustavo Costa e com os Grupos Carmina de Música Antiga e ANIMA. Integrou o Núcleo Tálea de música medieval, coordenado pelo cantor e medievalista Fernando Carvalhaes

viola de arame construída por Roberto Gomes,
São João Del Rey, MG, 1988, sobre modelo original encontrado em Tiradentes, Fazenda Capivari, datado do ano 1765

HUGO PIERI – barítono. Lattes.

O barítono, Hugo Pieri, nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais. Formou-se em Regência pela Universidade Federal de Minas Gerais. Na Europa, a partir de 2005, especializou-se em canto tendo como foco a interpretação da música barroca. Em 2007 obtém o Diploma de Estudos Musicais pelo Conservatório de Estrasburgo na França e em 2012 conclui o mestrado em performance em Canto na Música Antiga pela Escola Superior de Música em Trossingen, na Alemanha, nas classes dos professores Gundula Anders e Jan van Elsacker. Atua como solista, coralista e integra vários grupos de música antiga em diversos países: Schola Stralsundensis (Holanda) e Los Biganos (França) e junto aos músicos Hervé Niquet, Martin Gester e Maurice van Lieshout. Paralelo à sua atuação como cantor, desenvolveu trabalho como regente e professor de voz no Projeto Guri, São Paulo. Em seu projeto O Canto Livre alia as diversas influências vivenciadas em práticas corporais e energéticas à técnica vocal e ao fazer musical. Seu trabalho como performador da música visa investigar e conectar arte, corporalidade e presença.

Ogã LEANDRO PEREZ – percussão afro-brasileira e canto (artista convidado MAR ANTERIOR e IMAGINÁRIO SONORO BRASILEIRO – ANIMA 30 ANOS)

Músico e ator, o ogã Leandro Perez especializou-se como percussionista, trabalhando a musicalidade e suas interfaces no treinamento do ator.
Pesquisador da cultura popular brasileira, especificamente a afro-brasileira é professor de percussão, capoeira e teatro. Há mais de dez anos é ogã (tocador de atabaques) no Terreiro de Umbanda e Candomblé Tenda de Umbanda Caboclo Vira-Mundo e Caboclo Treme-Terra, na zona norte de São Paulo. Como ator é palhaço, graduado no curso de Licenciatura em Arte-Teatro pelo IA – UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, com a monografia O ogã-de-teatro: O(s) trânsito(s) entre a prática artística e a religiosa.

Estudou a percussão Malinkê e ritmos originários do Oeste da África. Desenvolve pesquisa voltada para a música popular brasileira, especialmente de manifestações populares, como o Candomblé, Umbanda, Bumba meu Boi, Jongo, Capoeira, Samba de roda e Congadas. Como músico-intérprete e diretor musical integra espetáculos junto às companhias de dança negra contemporânea, como: Nave Gris Cia.
Cênica (desde 2013), o Coletivo Desvelo (desde 2015) e também o Grupo Cachuera!. Atua como arte-educador em diversos projetos, oficinas e cursos que envolvem a cultura do brincar e as culturas de matrizes afro-brasileiras.

atabaque de tarracha rum (1) autor Luis Poeira, Instituto Tambor. 2019, São Paulo, SP

LUIZ FIAMINGHI – rabecas brasileiras, vielle. Lattes.

Fiaminghi nasceu em São Paulo, em 1958.
Professor associado da UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, nas áreas de musicologia/etnomusicologia,
percepção musical e práticas interpretativas.
Seus projetos de pesquisa concentram-se na música dos sécs. XVII e XVIII, retórica musical, violino barroco, rítmica e rabeca brasileira. Como diretor executivo, diretor musical e produtor do Grupo ANIMA, realizou turnês no Brasil e no exterior e foi ganhador dos prêmios APCA (1998), Carlos Gomes (2000), Prêmio Funarte de Música Brasileira (2012). Concluiu seu doutorado em práticas interpretativas pela UNICAMP, com a tese Violino violado: rabeca, hibridismo e desvio do método nas práticas interpretativas contemporâneas – tradição e inovação em José Eduardo Gramani. Por essa mesma universidade bacharelou-se em composição em 1996. Atuou em diversas orquestras barrocas, dentre elas a Orquestra Barroca da Comunidade Europeia. Realizou especialização em Cultura Barroca, pela UFOP, MG, recebendo orientação do Prof. Dr. João Adolfo Hansen (USP) em sua dissertação Violino e Retórica na Escola de Violino de Francesco Geminiani. Na sua formação como violinista teve como mestre Paulo Bosísio, no Brasil e posteriormente especializou-se em violino barroco na Holanda com Marie Leonhardt e Alda Stuurop. Hoje atua como membro do conjunto Os Músicos de Capella, sob direção de Luis Otavio Santos, São Paulo. Integrou o Núcleo Tálea de música medieval, coordenado pelo cantor e medievalista Fernando Carvalhaes.

rabeca (1) construída por Nelson da Rabeca, Marechal Deodoro, AL; madeira raiz de jaqueira; afinação Sol2/Ré3/Sol3/Si3

rabeca (2) construída por Nelson da Rabeca, Marechal Deodoro, AL; madeira gameleira; afinação Lá2/Mi3/Lá3/Dó#3

rabeca (3) construída por Nelson da Rabeca, Marechal Deodoro, AL; madeira pau mijão; afinação Mi 2/Si 2/Mi 3/Sol#3

rabeca “Seu” Nelson / Brazilian fiddle (1) “Seu” Nelson construtor: Nelson da Rabeca, Marechal Deodoro, AL; madeira: raiz de jaqueira; afinação: Sol/Ré/Fá/Lá

Brazilian fiddle (2) made by Nelson da Rabeca, Marechal Deodoro, AL; wood of jaca tree root; tuning: A2/E3/A3/C#3

Brazilian fiddle (3) made by Davino Aguiar, Cananéia, SP; caxeta wood; tuning: G2/D3/A3

rabeca Fernando Vanini / Brazilian fiddle Fernando Vanini construtor: Fernando Vanini, Campinas, SP; madeira: marupá; afinação: Lá/Ré/Lá/Ré

rabeca “Seu” Martinho / Brazilian fiddle “Seu” Martinho construtor: Martinho dos Santos, Morretes, PR; madeira: caxeta; afinação: Sol/ Ré/Sol/Si

vielle sobre modelo (iconografia) medieval européia construtor: Fábio Vanini, São Paulo, SP; madeira: marupá; afinação: Sol/Ré/Sol/Si

PAULO DIAS – percussão, órgão portativo

Nascido em São Paulo em 1960, é músico, produtor e livre-pesquisador de música.
Tem como mestres de tradições afro-brasileiras, entre outros, Seu Romário Caxias no Batuque de Capivari, capitães Dirceu Ferreira Sérgio e João Lopes nos Reinados Mineiros, Antonio Marcondes Filho (Totonho) e Dona Maria José Martins (Dª Masé) no Jongo do Tamandaré, ogã Leandro Peres no Candomblé. Estudou piano com Anna Stela Schic e Pierre Sancan; cravo com Helena Jank e órgão com Doroteia Kerr. Bacharelou-se em piano na UNICAMP, SP, como aluno de Fernando Lopes. Foi professor e pianista correpetidor no Coral da USP. Desde 1988 dedica–se ao mapeamento, documentação e estudo das comunidades detentoras de tradições musicais populares, mais especificamente aquelas com forte presença centro-africana na Região Sudeste. Fundou e dirige a Associação Cultural Cachuera!, voltada ao registro, divulgação e reflexão sobre as culturas populares brasileiras, com várias publicações em CD, video-documentário, livros, junto com a realização de eventos públicos sobre o tema. Pela Associação Cultural Cachuera! recebeu a premiação “Ordem do Mérito Cultural” do governo Lula. Como ensaísta publica no Brasil e exterior. É membro da cátedra Kaapora, da UNIFESP, que tem por objetivo lutar pela presença epistêmica indígena e afrodescendente nessa instituição, rumo à simetrização com o modo acadêmico-ocidental de produção de conhecimento hoje dominante.

organetto medieval, 26 tubos com fole, construído sobre modelo iconográfico. Alemanha, 2011.

agogôs de castanha (coco de castanha-do-pará) construído por Marinheiro, Feira de Santana, BA

atabaques de tarracha rumpi (1), autor Luis Poeira, Instituto Tambor. 2019, São Paulo, SP

banza ou chocalho de vime (3), autor desconhecido. São Tomé e Príncipe

caixa de banda cabaçal (12 “) autor desconhecido, Juazeiro do Norte, CE

caixa de congo (15 “) construído por Rômulo de Albuquerque, São Paulo, SP

caixa do divino maranhense construída por Alex Macedo, São Paulo, SP

caixa de moçambique (19 “) construída por Capitão João Lopes, Irmandade de N.Sª. do Rosário de Jatobá, Belo Horizonte, MG

canzá (reco-reco de catupé) autor desconhecido, Perdões, MG

caxixis autor desconhecido, São Paulo, SP

caxixis duplos autor desconhecido, adquiridos na feira de S. Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ

chocalho de aguaí e colar de semente de seringueira ticuna autor ticuna desconhecido, Alto Solimões, AM

cinto de pequi caiapó construído por Miki Caiapó, Aldeia Gorotire, PA

gã (2), autor desconhecido. Salvador, BA

gongo (35 “) construído porGeorg Ehrenwinkler, Campinas, SP

guizos de tornozelo autor desconhecido, Índia

gungas (chocalhos de tornozelo de moçambique) construído por Paulo Dias, São Paulo, SP

maracá de coité caiapó construído por Cramb-Am Caiapó, Aldeia Au-kre, PA

órgão portativo 26 tubos (4) (modelo “Huelgas”),
Stefan & Anette Keppler Wolkenstayn, 2011. Koetz, Alemanha

pandeiro (11 “) construído por Fernando Boi, São Paulo, SP

pandeiro 11″ (6), Fernando “Boi” Gontijo. São Paulo, SP

pandeirão 17” (5) com afinação pneumática. Autor desconhecido

pandeirão maranhense de bumba-boi com tarrachas (18 “) construído por Alfredo Madredeus, São Paulo, SP

patagonga ou patangome (chocalho circular de moçambique) autor descohecido, Uberlândia, MG

ritinta maranhense utilizada como tamborinho de congo (6,5 “) construído por Bicho Terra, São Luís, MA

sinos de montaria autor desconhecido, Évora, Portugal

tambu de gameleira construído por Salomma Salomão (Salomão Jovino dos Santos), São Paulo, SP

vaso de cerâmica construído por Leonora Ferreira, São Paulo, SP

SILVIA RICARDINO – harpa medieval

Iniciou seus estudos de piano e harpa em São Paulo como aluna de piano de Henriqueta Ricardino e Fritz Jank, entre outros. Estudou harpa de concerto, em São Paulo, com Laura Ferraro, Elsa Guarnieri e Henriqueta Ricardino. Aperfeiçoou-se, em Paris, com a harpista e compositora Annie Challan. Lecionou História da Música e História da Arte na Faculdade de Música Carlos Gomes, de São Paulo. Idealizou e apresentou programas sobre a harpa produzidos e transmitidos pela Rádio Cultura FM, de São Paulo. Foi professora de harpa da Escola Municipal de Música de São Paulo e membro da Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo. Desde 1984 atua em duo com o flautista Marco Antonio Cancello. Integrou o Núcleo Tálea de música medieval, coordenado pelo cantor e medievalista Fernando Carvalhaes. Dedicando-se preferencialmente à música de câmara, é intérprete de harpa de concerto, harpa celta e harpa medieval. Silvia também é tradutora de grego moderno, em especial da obra do cretense Nikos Kazantzákis, de quem traduziu diretamente para o português O Capitão Mihális, Vida e Proezas de Aléxis Zorbás e Ascese, todos editados pela Grua Livros, São Paulo.

harpa modelo troubadour de 22 cordas,
Camac, França, 1984

VALERIA BITTAR – flautas doce medieval e renascentista e flautas indígenas brasileiras. Lattes.

Nasceu em São Paulo, em 1962. Estudou flauta doce com João Dias Carrasqueira, mestre do choro paulista. Bacharelou-se em flauta doce na Universidade de Música e Artes Dramáticas de Viena, Áustria, como bolsista da Fundação Alban Berg de Apoio à Pesquisa de Música Contemporânea. Participou de master classes na Alemanha, Suíça, Holanda e Itália. Sob orientação da Profª. Drª. Suzi Sperber, doutorou-se em Artes (Poéticas da Escritura Cênica) na UNICAMP com a tese Músico e Ato. Trabalha sobre performance em música através da percepção corpórea, sendo formada em Didática da Técnica Klauss Vianna – Escuta do Corpo. É professora de Prática de Conjunto e flauta doce na Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, onde também coordena o projeto de pesquisa Músicos, música e instrumentos: investigação da performance na música histórica e na música popular tradicional e o programa de extensão Flauta Doce – performance e formação. Responsável pela direção executiva e produção gráfica dos CD’s e espetáculos do Grupo ANIMA, do qual é fundadora: Mar Anterior (2018-2020), Encantaria (2012-2016), Donzela Guerreira (2008-2013), Espelho (2006), Amares (2003), Especiarias (2000), Espiral do Tempo (1998). Como integrante do Grupo ANIMA recebeu os prêmios: FUNARTE MÚSICA BRASILEIRA (2012), APCA (1998) e V Prêmio Carlos Gomes (2.000), apresentando-se em todo o Brasil, na Alemanha, Áustria, Suíça, França, Itália, Luxemburgo, EUA, Canadá, Argentina, Bolívia, Paraguai, Colômbia, Uruguai e México. É integrante do grupo Harmonia Universalis de música antiga e integrou o Núcleo Tálea de música medieval, coordenado por Fernando Carvalhaes.

flauta baixo em dó construída por por Adriana Breukink, Holanda, 2015, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI) acervo Universidade de São Paulo.

flauta baixo em fá construída por por Adriana Breukink, Holanda, 2015, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI) – acervo Universidade de São Paulo

flauta contralto construída por Frederick Morgan, Austrália, 1980, a partir de modelo de J. C. Denner, Nürnberg, Alemanha, séc. XVIII.

flauta tenor em dó construída por Luca de Paolis, L’Aquila, Itália, 2005,
segundo C. Rafi and P. Grece , Itália, séc. XVI e XVII

flauta soprano em dó construída por Monika Musch, Freiburg, Alemanha, 2015, segundo Sylvestro Ganassi (Veneza, 1492)

flauta contralto em fá construída por Monika Musch, Freiburg, Alemanha, 2015, segundo Sylvestro Ganassi (Veneza, 1492 -?)

flauta soprano em dó construída por Helge Stiegler, Weyer, Áustria, 1999,
segundo Jacob van Eyckl (Países Baixos, ca. 1590 – 1657)

flauta yãkwá povo Enauenê Nauê, Serra do Roncador, Brasil

flautra contralto em fá construída por Frederick Morgan, Austrália, 1980, segundo J. C. Denner, Nürnberg, Alemanha, séc. XVIII

flauta contralto em sol construída por Adriana Breukink, Holanda, 2015, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI) – acervo Universidade de São Paulo

Convidadxs

MARLUI MIRANDA – voz, percussão, flautas-indígenas brasileiras. Lattes.

Cantora, compositora e pesquisadora é reconhecida por interpretar, difundir e valorizar a cultura e a musica indígena do Brasil. Recebeu os prêmios da Academia Alemã de Crítica (SchallplattenKritik) em 1996 pelo CD “IHU, Todos os Sons”; o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente, do MMA em 2005; e a Ordem do Mérito Cultural do MINC em 2002. Marlui Miranda dirige a Associação IHU Pro Música e Arte Indígenas, uma instituição cultural privada sem fins lucrativos. Apresentou-se e gravou com nomes expressivos da musica brasileira: Egberto Gismonti, Gilberto Gil, Nana Vasconcellos, Rodolfo Stroeter e  participou de gravação e tournée com Jack DeJohnette e John Surman.

Trabalhou em filmes e documentários, recebendo o prêmio de melhor trilha sonora pelo filme de Luiz Alberto Pereira, “Hans Staden”, em 2002. Trabalhou com Hector Babenco/Saul Zaentz (Amadeus, The English Patient) no filme de longa metragem “Brincando nos Campos do Senhor”em 1992. Apresenta-se com freqüência na Europa e Estados Unidos. Foi professora visitante na Chicago University pela Tinker Foundation em 1993, Dartmouth College em 2001 e 2003; Artista-em–residência na Indiana University em 2001 e 2007 e no Dartmouth College; realizou apresentação musical na Universidade de Londres; foi Montgomery Fellow / Dartmouth College, 2003.

Recebeu a bolsa da The John Simon Guggenheim Memorial Foundation para seu projeto de pesquisa e composição “IHU, a Preservacão e Recriacão da Musica Indigena do Brasil” em 1986 e pelo Map Fund – The Rockefeller Foundation em 1995, para a première do projeto “IHU”.

Sua produção e CDs inclui vários títulos: “Olho D`Água” (Warner -1979); “Revivência” (Memória, 1986); “Rio Acima” (Memória, 1989); “Paiter Merewa” (Memória, 1987); “IHU, Todos os Sons” (Pau Brasil, 1995); “IHU, Todos os Sons” – Partituras (Árvore da Terra, 1995); “Kewerê –Rezar” (Pau Brasil 1997); “Ponte entre Povos” (SESC-SP 2005). 

puru-puru (casco de tartaruga) confeccionado por Paxinã Poty Apalai, Amapá


MARÍLIA VARGAS – soprano. Lattes.

Aos 12 anos a paranaense Marília Vargas iniciou os estudos de canto com Neyde Thomas. Nessa época debutou no Teatro Guaíra (Curitiba) como o pastorzinho, na Tosca. Deu continuidade aos estudos na Suíça, onde obteve em 2001 o Solisten Diplom na Schola Cantorum Basiliensis. Teve aulas com Christoph Prégardien no Conservatório de Zurique, onde concluiu seu Konzert Diplom em Lied e Oratório em 2005, laureada ‘summa cum laude‘.  Freqüentou masterclasses com Montserrat Figueras e Silvana Bartoli Bazzoni. Premiada nos concursos: II Concurso Internacional de Canto Bidú Sayão e VI Concurso Brasileiro de Canto Maria Callas. Em 2002, recebeu uma bolsa de estudos da fundação suíça Friedl Wald e, dois anos depois foi premiada pela Margherite Meyer Stiftung (Fundação Margherite Meyer).

Apresentou-se com diversas orquestras, entre as quais Aargauer SymphonieOrchestra of the Age of EnlightenmentSinfônica do ParanáCamerata Antiqua de CuritibaPetrobras Sinfônica, Sinfônica de Minas Gerais e Orquestra de Câmara de Zurique; como solista em conjuntos de música antiga como La Capella Reial de Catalunya (direção de Jordi Savall) e Le Parlement de Musique; e em teatros como o Theater Basel, Stadt Casino Bern, Tonhalle Zürich (Suíça); Wiener Konzerthaus (Áustria); Theatro Municipal (RJ), Sala São Paulo; Palácio das Artes (MG); Auditorium de Dijon e Arsenal Metz (França); Berliner Konzerthaus (Alemanha); Auditorium e Gran Teatro del Liceo (Barcelona). Realizou inúmeras gravações para rádio e televisão européias, além de ter sua participação em diversos CDs.  

Professora convidada de importantes festivais de música e universidades do Brasil. Apresentou-se no concerto de abertura do Ano Brasil-França (2005) e na Embaixada do Brasil em Roma (2007). Em 2008 lançará seu CD de Canções Paranaenses.


CECILIA ARELLANO
– mezzo soprano (artista convidada)

Artista multifacetada, cantora que cria e apresenta programas diversificados onde são incluídos elementos cênicos e de multimídia. Seu trabalho como intérprete transcende as fronteiras convencionais em torno dos estilos musicais, oferecendo raízes na música erudita, porém com forte conexão com a música popular brasileira e latino americana, assim como composições de vanguarda.Cecilia Arellano nasceu em Rosario, Argentina, e cresceu em São Paulo, Brasil, onde teve início sua educação musical. Estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP) e canto na Universidade Estadual Paulista (UNESP). Continuou seus estudos na Holanda onde adquiriu seu diploma como cantora solista, em 2003, no Conservatório Real de Haia – Koninklijk Conservatorium. Cecilia estudou atuação teatral no Instituto de Teatro Colón, Buenos Aires e também com Miguel Gerberoff em Buenos Aires. Deu continuidade aos seus estudos de canto com a soprano Rolande van Paal, Bélgica e com Bonita Glenn. Cecília trabalha em diversas produções de ópera e teatro musical tais como Envidia, ópera de câmara de sua concepção, escrita para sua voz por por Helena Winkelman e Rafael Spregelburd, estreada no Centro Experimental do Teatro Colón, no ano de sua reabertura e da comemoração do Bicentenário do país, Argentina, 2010 e Suiça, Gare du Nord, janeiro de 2011. Algumas realizações são; La casa sin sosiego, Gandini, Buenos Aires 2012. Gaudete (Motetes e canções do sec XVI e XVII) e The Groove of Bach nos Festivais: Festspielhaus St Polten, Austria, Illuminationen, Burghof Theater, Alemanha, 2010/2011. Snow Project, no Stimmen Festival, Alemanha, 2010, Fraktale Sommernacht, ópera multimídia, (Werdenberg, Suíça, 2010). Dann und Dort, Suiça, 2005/06; obras de Arvo Pärt e de Hildegar von Bingen, Orfeo de Monteverdi, Opéra de Lyon, 2003 sob direção de Phillip Pickett, Cantos (musica de câmara, elementos multimídia, 2008 a 2010, Suíça). L’ Opera Desnuda foi escrita para a sua voz e apresentada na Gaudeamus Music Week (2000-2002, Holanda). Orfeo Negro, espectáculo de sua autoria, foi apresentado no Illuminationen Festival (Basel) 2010, Burghof Theater, 2011, na Alemanha, Festpielhaus St Pölten Austria, 2012 e no Festival Innovantiqua, em Winterthur, Suíça, 2013. Temporada com o show La Fusa, de homenagem a Vinícius de Moraes, Notorius, Buenos Aires, 2013. Criou o espetáculo e gravou o CD, ambos intitulados Choro para Carmen, contendo raro repertório de samba e choro da década de 1930, este espetáculo se apresentou em diversos festivais na Alemanha e França (Fest der Inhenhöfe, Freiburg, 2005-2008, Freiburg, Festival de Musique Métisse, Colmar), entre outros.Participou de gravações para a Rádio Holandesa e para o selo Archophon, Itália. Trabalha com teatro e projetos multimídia na Holanda, na Suíça e Alemanha. 



Aulos – Núcleo Interuniversitário de Flautas-Doce

As flautas (5 a 13) construídas por Adriana Breukink, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI) foram gentilmente cedidas pelo Departamento de Música da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), a partir de convênio firmado entre esta Universidade e a Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), como parte do Projeto de Pesquisa Músicos, Música e Instrumentos: investigação da performance na música histórica e na música popular tradicional, coordenado por Valeria Bittar, dentro do Grupo de Pesquisa MUSICS (Música Cultura e Sociedade).

David Castelo flauta soprano em dó (8), flauta contralto em fá (9), flauta tenor em dó (10): construídas por Adriana Breukink, Holanda, 2015, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI) acervo Universidade de São Paulo. Lattes.

Flávio Stein flauta baixo em fá (11): construída por Adriana Breukink, Holanda, 2015, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI) acervo Universidade de São Paulo. Lattes.

Liduino Pitombeira flauta tenor em dó (12): construída por Adriana Breukink, Holanda, 2015, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI) acervo Universidade de São Paulo. Lattes.

Mônica Lucas flauta tenor em dó (13): construída por Adriana Breukink, Holanda, 2015, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI), acervo Universidade de São Paulo. Lattes.

Valeria Bittar flauta baixo em dó (7): construída por Adriana Breukink, Holanda, 2015, a partir de modelos da família Bassano (Itália, séc. XVI) acervo Universidade de São Paulo. Lattes.